Comermos deveria ser um ato tão simples quanto as restantes necessidades fisiológicas. Mas não é. Vivemos numa era onde estamos (mundo ocidental), mergulhados em blogues de comida, programas televisivos sobre comida e supermercados cheios de produtos alimentícios (e comida também, mas menos). Fui vivendo ao sabor da "modas", tendências alimentares e respetivas soluções para perda de peso. Pura perda de tempo. Ontem estive com amigos a ver a nossa Seleção (que estão de parabéns, diga-se de passagem), mas, conversa, puxa conversa, e o bom português, quando se reúne, deve ter mesa farta. É claro que o ser humano é um ser social e sociável, e a comida é um pretexto para bons momentos de partilha... e como eu gosto desses momentos... Bem, voltando a ontem... lá se foi o meu controlo para o "galheiro", pois quando dei por mim, andava eu de roda da tábua dos queijos, dos pistácios, e cá por dentro ainda queria mais. Ainda meti colherada no iogurte grego, quase a simular um gelado... Não foi nada escandaloso, mas foi desnecessário. Um dia não são dias, dirão as pessoas que me lêem, e direi eu, a enganar-me. Mas a verdade, pura e dura, é que todos os dias contam. A verdade, é que não preciso de "enfardar", para ter o prazer de estar com os amigos. A verdade, verdadinha, é que não controlo nada. A nossa mente é prodigiosa, e facilmente nos engana. E nós, por conveniência, deixamos que tal aconteça. Por agora. tenho sempre que estar de sentinela. Mas tenho um sonho... sonho que a comida passe a ser apenas e tão só uma necessidade fisiológica, como as outras. E sei que vou conseguir!
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